domingo, 20 de setembro de 2009

Informativo número 25

Por que precisamos de um sindicato de luta?

Em toda a história da sociedade, os direitos dos trabalhadores somente são conquistados ou mantidos com unidade e mobilização da classe. Qualquer falação dizendo que “os tempos mudaram” / “sindicato é coisa do passado” / “precisamos de novas estratégias” é tentativa de nos enganar. Nada substitui a luta organizada dos trabalhadores. Imaginar que uma direção sindical vai resolver todos os nossos problemas sozinha, “dialogando” nos gabinetes do poder é não só uma ilusão, mas uma mentira com consequências desastrosas para a categoria. Isso os servidores de Joinville sabem muito bem.


O SINSEJ, a Prefeitura, PCCS e Estatuto


Nos últimos anos sentimos na pele a ausência de uma direção sindical combativa, democrática e representativa dos interesses dos servidores. “Dialogando” com a Prefeitura, os dirigentes do SINSEJ entregaram a carreira dos servidores no último Plano de Cargos e Salários, aprovado em 2007. Até agora, vários “remendos” já foram feitos à lei, graças à luta de servidores de diversos setores. Em 2008, foi a história do Estatuto. Em acordo com a Prefeitura, a direção do sindicato nada fez para impedir a retirada de vários direitos históricos dos servidores. Não fosse a luta organizada dos trabalhadores, impulsionada pelo MovimentAÇÃO, teríamos prejuízos inestimáveis em nossa carreira.


A última campanha salarial


Na última negociação, tudo apontava para uma nova postura dos pelegos do sindicato. Com um novo partido político na Prefeitura, imaginar-se-ia uma posição um pouquinho mais combativa. Que nada! Não precisou muito para vermos que o esquema continua o mesmo. O sindicato negocia nos gabinetes e usa alguns servidores como massa de manobra para garantir suas negociatas. O momento da campanha salarial deveria servir para negociar avanços para TODOS os servidores. Porém, para a Prefeitura e os diretores do SINSEJ, a máxima é a velha tática de dividir os servidores.


Precisamos de um sindicato independente e de luta

Ser independente significa manter uma postura de luta em defesa dos interesses dos trabalhadores, em qualquer situação. O sindicato precisa reivindicar e organizar os trabalhadores sempre, independente dos interesses pessoais de seus dirigentes ou seus compromissos político-partidários.
É essa a bandeira que o MovimentAÇÃO sempre levantou.
Participe conosco dessa luta!


CONTATO: movimentação.org@ibest.com.br Fone: 8402-8194



Hospital São José Cobra Deveres e Nega Direitos
(Desabafo de um servidor do HMSJ)


Quando um trabalhador procura a Medicina do Trabalho da empresa, geralmente é porque sua saúde está debilitada e vai em busca de solução para seus problemas. Infelizmente não é o que acontece no HMSJ, em que o trabalhador chega doente e sai quase morto de desgosto, raiva e tudo o que possa piorar ainda mais o seu caso. Isso acontece porque lá o empregado só tem valor enquanto está com saúde. A partir do momento em que fica doente e impossibilitado de trabalhar, é taxado como “um enrolão, preguiçoso e simplesmente um inútil”. Os atestados continuam sendo contestados e os direitos negados. Até quando esse crime continuará sendo praticado? Até quando os direitos dos trabalhadores serão negados? A propósito, cadê o Sindicato que deveria estar defendendo sua classe? Continua se omitindo e fortalecendo ainda mais os criminosos.


ASSÉDIO MORAL ASSOMBRA SERVIDORES


Há algumas semanas, distribuímos por e-mail um texto falando sobre o assédio moral no trabalho. Incrível foi o número de respostas que obtivemos. O problema é muito mais sério do que poderíamos imaginar. Recebemos denúncias de servidores assediados no Hospital São José, na Secretaria de Educação, em várias escolas e CEI´s, dentro do Prédio e em várias secretarias isoladas. Em comum, o medo dos servidores de se manifestar, o temor da repressão. Quando o servidor está em estágio probatório, o problema se intensifica. Tem chefia que faz questão de afirmar em público que “quem estiver em estágio probatório que se cuide, pois eu sou daqueles que reprovam servidor no estágio”. Clamamos à administração providências urgentes para eliminar esses casos. Chefe que reprime, que assedia, precisa ser urgentemente substituído! Assédio é crime e precisa ser combatido com todo o rigor da lei!


SERVIDOR É CULPADO POR ESTAR ENDIVIDADO?

É isso que ouvimos das falas dos responsáveis pela Secretaria de Gestão de Pessoas e também do presidente do sindicato. No recém criado Conselho de Qualidade de Vida do Servidor (veja boletim Infoservi, nr 16), ao analisar a situação de endividamento por que passam mais de cinco mil servidores municipais, é unânime a posição de que a solução para o problema é “promover uma efetiva educação financeira”. Ou seja, o endividamento do trabalhador não tem nada a ver com seus baixos salários. Querem convencer o servidor de que ele é o culpado, por não saber administrar seu vencimento.


O eterno dilema dos Planos de Cargos e Salários


Desde que a Prefeitura, em acordo com a direção do SINSEJ, alterou o PCCS, os servidores têm amargado muitas situações difíceis. Para escapar do congelamento de suas carreiras, servidores de diversas secretarias precisam se unir e lutar por mudanças em seus enquadramentos. Como não podem contar com o sindicato, que não unifica a luta de todos os servidores, precisam lutar sozinhos por seus direitos. Alguns conseguiram pequenas melhorias, mas a maioria continua “a ver navios”. Que o digam os motoristas. Apesar de estarem organizados e mobilizados, foram completamente ignorados pela Prefeitura e pelo sindicato.
Qual a solução?
Para o MovimentAÇÃO, só conseguiremos avanços para TODOS os servidores se lutarmos pela unificação do PCCS. Plano de carreira único para todos os servidores! Chega de divisões!


PCCS do Magistério


A última novidade do Plano de Cargos e Salários do magistério foi a reunião no sindicato, em que foram criados sete grupos de trabalho, cada qual com uma parte do plano. Sem possibilidade de sugerir a metodologia, os servidores foram para os grupos, sem poder ter uma visão global da proposta. Precisamos estar atentos para alguns detalhes do novo Plano:

1. 20% de hora-atividade não é favor nenhum. Isso já estava no Estatuto e no antigo PCCS desde 1988. A Lei Federal 11.738/08, aprovada pelo então Deputado Federal Carlito Merss e sancionada pelo Presidente Lula, garante 33% de hora-atividade. E não há desculpa para não pagar, pois a mesma Lei garante recursos federais caso a Prefeitura comprovar que não pode bancar o benefício;

2. TODOS que têm atividade docente precisam ser enquadrados no novo Plano. É inadmissível que Auxiliares de CEI’s, por exemplo, fiquem de fora. Elas trabalham com crianças como qualquer educador ou professor.

3. Não se mexe em percentuais nos acessos de cursos – a menos que for para ampliar o que já temos.

4. Urge um reajuste do piso do Magistério. É uma vergonha continuar com salário de ingresso inferior ao dos demais servidores com formação superior.
Se queremos educação de qualidade, ela começa com uma carreira mais digna aos educadores!

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