Informativo número 25
Por que precisamos de um sindicato de luta?
Em toda a história da sociedade, os direitos dos trabalhadores somente são conquistados ou mantidos com unidade e mobilização da classe. Qualquer falação dizendo que “os tempos mudaram” / “sindicato é coisa do passado” / “precisamos de novas estratégias” é tentativa de nos enganar. Nada substitui a luta organizada dos trabalhadores. Imaginar que uma direção sindical vai resolver todos os nossos problemas sozinha, “dialogando” nos gabinetes do poder é não só uma ilusão, mas uma mentira com consequências desastrosas para a categoria. Isso os servidores de Joinville sabem muito bem.
O SINSEJ, a Prefeitura, PCCS e Estatuto
Nos últimos anos sentimos na pele a ausência de uma direção sindical combativa, democrática e representativa dos interesses dos servidores. “Dialogando” com a Prefeitura, os dirigentes do SINSEJ entregaram a carreira dos servidores no último Plano de Cargos e Salários, aprovado em 2007. Até agora, vários “remendos” já foram feitos à lei, graças à luta de servidores de diversos setores. Em 2008, foi a história do Estatuto. Em acordo com a Prefeitura, a direção do sindicato nada fez para impedir a retirada de vários direitos históricos dos servidores. Não fosse a luta organizada dos trabalhadores, impulsionada pelo MovimentAÇÃO, teríamos prejuízos inestimáveis em nossa carreira.
A última campanha salarial
Na última negociação, tudo apontava para uma nova postura dos pelegos do sindicato. Com um novo partido político na Prefeitura, imaginar-se-ia uma posição um pouquinho mais combativa. Que nada! Não precisou muito para vermos que o esquema continua o mesmo. O sindicato negocia nos gabinetes e usa alguns servidores como massa de manobra para garantir suas negociatas. O momento da campanha salarial deveria servir para negociar avanços para TODOS os servidores. Porém, para a Prefeitura e os diretores do SINSEJ, a máxima é a velha tática de dividir os servidores.
Precisamos de um sindicato independente e de luta
Ser independente significa manter uma postura de luta em defesa dos interesses dos trabalhadores, em qualquer situação. O sindicato precisa reivindicar e organizar os trabalhadores sempre, independente dos interesses pessoais de seus dirigentes ou seus compromissos político-partidários.
É essa a bandeira que o MovimentAÇÃO sempre levantou.
Participe conosco dessa luta!
CONTATO: movimentação.org@ibest.com.br Fone: 8402-8194
Hospital São José Cobra Deveres e Nega Direitos
(Desabafo de um servidor do HMSJ)
Quando um trabalhador procura a Medicina do Trabalho da empresa, geralmente é porque sua saúde está debilitada e vai em busca de solução para seus problemas. Infelizmente não é o que acontece no HMSJ, em que o trabalhador chega doente e sai quase morto de desgosto, raiva e tudo o que possa piorar ainda mais o seu caso. Isso acontece porque lá o empregado só tem valor enquanto está com saúde. A partir do momento em que fica doente e impossibilitado de trabalhar, é taxado como “um enrolão, preguiçoso e simplesmente um inútil”. Os atestados continuam sendo contestados e os direitos negados. Até quando esse crime continuará sendo praticado? Até quando os direitos dos trabalhadores serão negados? A propósito, cadê o Sindicato que deveria estar defendendo sua classe? Continua se omitindo e fortalecendo ainda mais os criminosos.
ASSÉDIO MORAL ASSOMBRA SERVIDORES
Há algumas semanas, distribuímos por e-mail um texto falando sobre o assédio moral no trabalho. Incrível foi o número de respostas que obtivemos. O problema é muito mais sério do que poderíamos imaginar. Recebemos denúncias de servidores assediados no Hospital São José, na Secretaria de Educação, em várias escolas e CEI´s, dentro do Prédio e em várias secretarias isoladas. Em comum, o medo dos servidores de se manifestar, o temor da repressão. Quando o servidor está em estágio probatório, o problema se intensifica. Tem chefia que faz questão de afirmar em público que “quem estiver em estágio probatório que se cuide, pois eu sou daqueles que reprovam servidor no estágio”. Clamamos à administração providências urgentes para eliminar esses casos. Chefe que reprime, que assedia, precisa ser urgentemente substituído! Assédio é crime e precisa ser combatido com todo o rigor da lei!
SERVIDOR É CULPADO POR ESTAR ENDIVIDADO?
É isso que ouvimos das falas dos responsáveis pela Secretaria de Gestão de Pessoas e também do presidente do sindicato. No recém criado Conselho de Qualidade de Vida do Servidor (veja boletim Infoservi, nr 16), ao analisar a situação de endividamento por que passam mais de cinco mil servidores municipais, é unânime a posição de que a solução para o problema é “promover uma efetiva educação financeira”. Ou seja, o endividamento do trabalhador não tem nada a ver com seus baixos salários. Querem convencer o servidor de que ele é o culpado, por não saber administrar seu vencimento.
O eterno dilema dos Planos de Cargos e Salários
Desde que a Prefeitura, em acordo com a direção do SINSEJ, alterou o PCCS, os servidores têm amargado muitas situações difíceis. Para escapar do congelamento de suas carreiras, servidores de diversas secretarias precisam se unir e lutar por mudanças em seus enquadramentos. Como não podem contar com o sindicato, que não unifica a luta de todos os servidores, precisam lutar sozinhos por seus direitos. Alguns conseguiram pequenas melhorias, mas a maioria continua “a ver navios”. Que o digam os motoristas. Apesar de estarem organizados e mobilizados, foram completamente ignorados pela Prefeitura e pelo sindicato.
Qual a solução?
Para o MovimentAÇÃO, só conseguiremos avanços para TODOS os servidores se lutarmos pela unificação do PCCS. Plano de carreira único para todos os servidores! Chega de divisões!
PCCS do Magistério
A última novidade do Plano de Cargos e Salários do magistério foi a reunião no sindicato, em que foram criados sete grupos de trabalho, cada qual com uma parte do plano. Sem possibilidade de sugerir a metodologia, os servidores foram para os grupos, sem poder ter uma visão global da proposta. Precisamos estar atentos para alguns detalhes do novo Plano:
1. 20% de hora-atividade não é favor nenhum. Isso já estava no Estatuto e no antigo PCCS desde 1988. A Lei Federal 11.738/08, aprovada pelo então Deputado Federal Carlito Merss e sancionada pelo Presidente Lula, garante 33% de hora-atividade. E não há desculpa para não pagar, pois a mesma Lei garante recursos federais caso a Prefeitura comprovar que não pode bancar o benefício;
2. TODOS que têm atividade docente precisam ser enquadrados no novo Plano. É inadmissível que Auxiliares de CEI’s, por exemplo, fiquem de fora. Elas trabalham com crianças como qualquer educador ou professor.
3. Não se mexe em percentuais nos acessos de cursos – a menos que for para ampliar o que já temos.
4. Urge um reajuste do piso do Magistério. É uma vergonha continuar com salário de ingresso inferior ao dos demais servidores com formação superior.
Se queremos educação de qualidade, ela começa com uma carreira mais digna aos educadores!
12 comentários:
Parabéns pelo empenho!
"O salário é um tipo de submissão."
- Proudhon
Parabéns pela iniciativa.
É um recurso de fácil acesso e contribuirá com a nossa politização.
Sueli
Prezados e Prezadas,
Mesmo sabendo que a maioria dos integrantes da MovimentAÇÃO são da posição (PT), vcs tem honrado e estado ao lado servidor público, na gestão anterior e na atual. Vcs tem mostrado que querem defender sim os nossos interesses imediatos, respeitando as diferentes concepções políticas existentes das pessoas que os apoiam.
Isto não significa que tenho algo contra ao nosso atual Sindicato, mas que precisamos abrir nossas cabeças e respeitar novas concepções de defesa dos deveres e direitos de nós servidores públicos.
Esta concepção independente, autónoma e democrática, que visa através da luta, unir a classe através de ações com encontros e agora a elaboração deste site, entendo como sendo a construção de uma união entre nós muito justa, solidária, fraterna e socialista. Isto é a prática da verdadeira Democracia e é por isto que eu apoio a MovimentAÇÃO.
Apesar de não exercer o poder de Sindicato devidamente constituído através do voto do servidor, vcs tem de uma certa forma lutado pelos nossos direitos, nos coscientizando e fazendo entender que temos muito mais alternativas do que hoje nos é apresentada.
Debater e defender as diferentes teses, idéias, propostas e encaminhamentos que visem aperfeiçoar as condições de trabalho de nossa categoria, a fim de construir uma unidade de ação, promovem a nossa união e o consenso coletivo. Mesmo que o MovimentAÇÃO não seja oficialmente nosso Sindicato, tem mostrado organização, luta, resistência e conquistas, trabalhando com coerência, honestidade e ética, sem nunca perder o foco principal: os direitos do servidor municipal.
Acho que primeiro passo já está sendo dado e é este o caminho a ser seguido se quisermos conquistar e garantir nossos direitos, pois deveres nós sabemos muito bem quais são uma vez que o praticamos no dia-a-dia em nossas ações no trabalho.
Abraços,
Eloisa Corrente
Muito bom... o grupo de agentes Administrativos III pede justiça, pois outros cargos nível médio mudaram de grupo e nós, quando chegará nossa vez. Contamos com vocês para que isso aconteça. Grupo 12 seria o justo.
Olá quanto ao assédio moral, não sei se já foi denunciado mas a Secretaria da Fazenda está sofrendo e muiito com isso, que até ultrapassa assédio chega a ser terrorrismo o que é feito naquela Secretaria.
Mudança é um sonho....que precisamos cultivar...Rosa de Luxemburgo pode ser um caminho a seguir....afinal a união faz a força.
Então;gostaria de dar minha opinião pelo fato do endividamento:
e uma pergunta que não se cala:
-se sempre existiu uma normativa para não ultrapassar 50% do salario de um servidor e se sempre existiu uma porcentagem para a associação e sindicato para liberação;onde se explica e quem liberou mais do que o previsto para desconto em folha de pagamento,quem foi o responsável por esta liberação maior sendo que há um controle de descontos para a folha,quem ganhou ;e o quê;com isso?
há tenho um comentario:
-se existe margem para desconto em folha ,porque ultrapassaram os 50% se sempre houve normativas ?
-se endividaram por conta ,sozinhos?
pode ser?
mas quem contribuiu para que as margens fossem ultrapassadas e porque?
quando n acitamos o desconto em fohla pag perdemos algus direitos
Informações nos foram passadas de que um técnico de enfermagem assumiu a chefia do almoxarifado do HMSJ. Até aí tudo bem. Mas o estranho é que este novo cargo comissionado foi assumido por um militante do PT de MINAS GERAIS. Será que não tem técnico de enfermagem competente em Joinville para assumir esse cargo? Ou será que aí está o motivo de tanta perseguição aos trabalhadores de carreira e a imensidão de inquéritos administrativos para punir os bons e abrir espaço aos paraquedistas? "É O GOVERNO COM TODA SUA GENTE!!!"
Olha o absurdo que chegamos... Tem um chefe novo no HMSJ que fez uma reunião com seus subordinados e pediu para eles fazerem um abaixo assinado para tirar um colega de trabalho. Que tipo de chefe é esse que não tem sequer autoridade suficiente para tomar as decisões sozinho, e ainda quer colocar os próprios colegas um contra o outro simplesmente para lavar suas mãos?
SEM COMENTÁRIOS....
Quero deixar uma sugestão... Coloquem as fotos das lutas travadas pelo movimento em defesa dos trabalhadores, com certeza dará ainda muito mais vida a este Blog.
Postar um comentário