A crise no ambulatório!
Nosso ambulatório está doente!
Sala de espera lotada! Impaciência, nervosismo, dor, revolta entre quem espera e sentimento de impotência entre os profissionais que buscam atender os colegas servidores. Esse é o clima instaurado em nosso ambulatório.
Quem precisou passar pelo Ambulatório dos Servidores nos últimos dias, com certeza vivenciou momentos de angústia e sofrimento. Com o pedido de demissão de dois médicos há mais de um mês, a equipe restante não dá conta da demanda. Pra piorar, todos os professores que solicitaram alteração de carga horária precisaram passar pela medicina do trabalho, aumentando a disputa pelo atendimento precário.
Na terça-feira, dia 24, por exemplo, ao meio-dia ainda havia servidores esperando atendimento desde às sete horas da manhã. Uma servidora, de muletas e a perna envolta em talas, desesperava-se porque avisaram-na de que não seria atendida. Ela deveria procurar consulta em outro lugar e depois voltar com um atestado. Indignada, ligou repetidas vezes para a Ouvidora. Em vão. Outra entrou apoiada num andador e ainda amparada por um familiar. Depois de esperar mais de meia hora, avisaram que sua médica iria demorar algumas horas para chegar. Em todo canto, servidores angustiados. Muitos precisavam apenas carimbar o atestado, mas precisavam suportar horas de espera.
Afinal, para que serve o ambulatório?
Há muito denunciamos o equívoco do uso do ambulatório. A “ditadura do atestado” continua. É um absurdo o servidor doente, já atendido por um médico de sua confiança, por meio do seu plano de saúde, ainda passar pelo constrangimento da avaliação do médico do trabalho. A situação apenas deixa o servidor mais doente ainda.
Outra questão são as situações específicas, que geram aumento na demanda, como é o caso das avaliações periódicas e de alterações de carga horária – como agora está acontecendo com os professores. Nestes casos, deveria existir uma estrutura especial para o atendimento. O que não dá é o servidor que apenas precisa de um “apto” em seus exames ocupar o espaço em que um servidor doente poderia ser atendido.
O ambulatório é necessário. Deveria existir para dar um atendimento prioritário para os servidores que não têm plano de saúde. Essa deveria ser a sua razão de ser: servir ao servidor! E não aborrecê-lo com mais burocracia.
Manter a unidade dos servidores
Quanto aos servidores lotados no ambulatório, é compreensível sua situação. O problema lá é de estrutura. Na terça, era visível a impotência dos atendentes. Não havia era médicos em número suficiente. Definitivamente, aquela estrutura não comporta tudo o que lhe atribuem. Precisamos organizar uma luta conjunta para reivindicar o fim da “ditadura do atestado” e uma reestruturação do ambulatório, para que o servidor possa ser atendido com o conforto e respeito que merece.