Dia do Trabalhador ou do Trabalho?
O Primeiro de Maio nasceu e passou a ocupar um lugar central na história do Movimento Operário. É importante perceber que não apenas o 1º de Maio é produto da luta e consciência dos trabalhadores como também ajudou ao longo desses anos a produzir e moldar a consciência do movimento operário. Ou seja, o 1º de Maio não é uma simples data comemorativa mas sim um dia em que na prática o movimento operário exercita a frase com que Marx terminou seu famoso Manifesto Comunista: Proletários de todo o mundo, uni-vos!
No Brasil, há registros históricos de que os primeiros atos de comemoração do dia do trabalhador datam de 1895, na cidade de Santos (SP). No Brasil, como em todo o mundo, os patrões e governos a seu serviço sempre buscaram desvirtuar o caráter do 1º de Maio, transformando-o numa festa “oficial” e desprovida de seu caráter classista e combativo. Getúlio Vargas com a ditadura do Estado Novo (1937-1945), assim como a posterior ditadura militar (1964-1985) proibiram todas as manifestações do 1º de Maio que não fossem as “chapas brancas”, dirigidas pela pelegada de então que se subordinava aos patrões e ao Estado. Em 1978, o 1º de Maio realizado em São Bernardo do Campo não apenas romperia com as comemorações oficiais como também marcaria o início de um ascenso de lutas operárias contra os patrões e a ditadura que levaria posteriormente à fundação da CUT.
Por tudo isso, para os trabalhadores é tão importante esta data! No 1º de Maio, nos reunimos, comemoramos e refletimos para manter acesa a chama que nos permitirá que um dia não apenas o Primeiro de Maio, como todos os outros 364 dias do ano sejam dias dos trabalhadores!
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